Em 2009, a ANVISA criou a RDC
56/09 que “Proíbe em todo território nacional o uso dos equipamentos para
bronzeamento artificial, com finalidade estética, baseada na emissão da
radiação ultravioleta (UV)”. O estudo da Agência Internacional para Pesquisa sobre
Câncer (IARC) indica que a prática do bronzeamento
artificial aumenta em 75% o risco do
desenvolvimento de melanoma em pessoas que se submetem ao procedimento até os
35 anos de idade.
A resolução da ANVISA também afirma que não existem benefícios que se
contraponham aos riscos decorrentes do uso estético das câmaras de bronzeamento. Cabe ressaltar que entre os riscos de uso deste equipamento estão o câncer de
pele (podendo ser melanoma, que possui elevada probabilidade de sofrer
metástases e se disseminar para outros órgãos), envelhecimento precoce da pele
(aparecimento de rugas e na perda de elasticidade), queimaduras, cicatrizes,
lesões oculares e efeitos indesejáveis devido a produtos que possuem
fotossensibilidade (medicamentos e cosméticos).
O que é Melanoma Cutâneo? É um tipo de câncer de pele que tem origem
nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor
da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora o câncer de pele seja o
mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos
registrados no País, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do
órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.
O
prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado nos
estágios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos
pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor.
Qual Bronzeamento é permitido pela ANVISA?
Existem apenas
três produtos regulamentados, que são o bronzeamento a jato, o autobronzeador e
os hidratantes que bronzeiam, todos eles têm DHA, uma substância que reage com
a queratina na pele, dando a cor. Eles oferecem menos perigo
já que age apenas na cama superficial da pele. Esteticistas podem fazer a
aplicação desses produtos.
Nós esteticistas devemos sempre orientar as pessoas sobre os riscos da Radiação
Ultravioleta (UV), não oferecê-lo nem realizá-lo. A prevenção do câncer de pele deve ser baseado no uso do protetor solar adequado para cada tipo de pele.
Elaborado Por: Taís de Souza
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